O fato que o Vaticano é um dos menores Estados do mundo não é novidade para ninguém. O que nem todos sabem, no entanto, é que boa parte de seu território é ocupado por um belo conjunto de jardins. A preocupação dos pontífices com a natureza, o belo e a arte é demonstrada de forma clara pelas alamedas, trilhas, praças, fontes e esculturas presentes no local, logo atrás da imponente Basílica de São Pedro. Um brasileiro comum certamente chamaria os jardins do Vaticano de “quintal do Papa”, na melhor acepção do termo.

Para favorecer ainda mais a experiência cultural dos novos estudantes do Colégio Pio Brasileiro, a reitoria da instituição programou uma série de três visitas aos jardins do Vaticano, em pequenos grupos, aos sábados. Para o reitor do Colégio, padre Geraldo Maia, esta oportunidade amplia os horizontes dos padres recém-chegados a Roma. “Para mim é uma alegria favorecer o acesso dos estudantes às belezas dos jardins do Vaticano. Este passeio é uma oportunidade para conhecer a consciência ecológica dos papas e a própria história da arte e da Igreja”, afirmou o reitor.

A parte ecológica do Vaticano é um atrativo à parte no passeio pelos jardins. “Não se imagina que aqui, neste Estado tão pequeno, haja jardins tão imensos. O Vaticano é de fato uma cidade ecológica, que transpira paz”, observou padre Rafhael Maciel, da arquidiocese de Fortaleza (CE).

Os jardins do Vaticano contam, também, com expressões da devoção popular de várias partes do mundo, como os momentos e altares dedicados a Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa Senhora de Lourdes e Nossa Senhora de Fátima. “O diferencial dos jardins, para mim, são estes lugares que nos remetem à piedade, convidativos à oração”, ponderou padre Marcos André, da diocese de Palmeira dos Índios (PE). O último monumento instalado nos jardins foi aquele dedicado a Nossa Senhora Aparecida, por ocasião do Jubileu dos 300 anos. Neste lugar, os estudantes fizeram um momento de intercessão pelo Brasil e por toda a Igreja.

Padre João Paulo Veloso

Arquidiocese de Palmas (TO)