Mons. Patrón se reúne com presbíteros que concluem seus estudos

Na segunda-feira, 21 de maio de 2018, às 20h30, o secretário para os Colégios e Seminários da Congregação para o Clero, Mons. Jorge Carlos Patrón Wong, reuniu-se com os padres estudantes do Pontifício Colégio Brasileiro em Roma, que estão em fase conclusiva dos estudos deste ano acadêmico 2017/2018 e que vão retornar ao Brasil, bem como com aqueles que estão em discernimento para o doutorado. Numa atitude de agradecimento que porta esperança, Mons. Patrón iniciou a reunião contando sua experiência quando chegou aqui em Roma e, ao mesmo tempo, convidando a comunidade a partilhar suas vidas, com as alegrias e dificuldades vividas neste tempo de estudo.
Dentre suas sábias considerações, Mons. Patrón destacou que o sacerdócio é um serviço. O que cada um vive aqui em Roma é uma preparação para a missão da Igreja. Cada um é chamado a desempenhar com humildade a missão confiada. Neste sentido, ao ser perguntando sobre como evitar o risco do ativismo diante das exigências pastorais da realidade eclesial latino-americana, Mons. Patrón deu três «conselhos práticos»:
1) Ter um bom diretor espiritual que ajude o sacerdote a orientar a agenda quotidiana. Ressaltou a necessidade de saber estar com as pessoas, participar das reuniões e momentos de convivência do clero. Segundo ele, o risco de se fechar em pequenos grupos – de querer estar com os «mesmos» – e a tentação de querer justificar tudo para se ausentar da convivência é grande. Com um bom humor, Mons. Patrón ressaltou ainda que o diretor espiritual ajuda no discernimento e na abertura aos outros. Segundo ele, devemos aprender com a verdade. Não podemos contentar a todos. Estamos sempre aprendendo… Ele enfatizou a necessidade de integrar a parte humana e espiritual na vida sacerdotal, incentivando cada um a priorizar pelo menos uma meia hora por dia para estar diante do Santíssimo – «Questo quotidiano ci dà respiro».
2) Não ter medo de experimentar as «coisas novas» – pensar, sentir e desejar… Segundo ele, é normal e prazeroso sentir aquilo que faz parte da humanidade. Destacou ainda que a nossa humanidade vive a unidade em cada etapa de nossa vida, no esforço de seguir em frente, de viver a «vida sacerdotal» e de glorificar Deus.
3) Com humildade, saber acolher as mudanças, inserindo-se na caminhada da diocese, evitando as expectativas exageradas. De modo simples e fraterno, Mons. Patrón afirmou que há o grande erro de se sentir como estrela: «Ricordate che noi apparteniamo a una galassia. Siamo parte di una galassia che è il nostro presbiterio. La belezza è l’insieme. Una stella non fa una galassia». Neste sentido, ressaltou a importância de trabalhar em equipe. E terminou dizendo que a atitude mais prudente é aquela de se colocar a serviço: «In che posso aiutare? In che posso aiutare a ciò che voi state facendo?» De acordo com as orientações do Mons. Patrón, esta atitude nos faz permanecer com o coração na missão e a testemunhar Jesus Cristo.
Enfim, incentivou todos a valorizar os sacerdotes mais jovens. «Per carità, volete bene ai giovani sacerdoti. Aiutateli. Se uno rompe con la nuova generazione, la pastorale è finita».

Pe. Edvaldo Antônio de Melo
Arquidiocese de Mariana (MG)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

By | 2018-05-25T23:13:36+00:00 maio 25th, 2018|Notícias, Sem categoria|0 Comments

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